O jovem lutador de jiu-jítsu Yuri Santos, 16 anos, encontrou na luta uma forma de reaver sua autoestima após ter sido vítima de uma bala perdida que o fez perder parte dos movimentos do braço direito. Afastado dos tatames durante a recuperação, o atleta teve seu retorno coroado com a medalha de ouro da categoria juvenil no Campeonato Intercolegial, disputado no Rio de Janeiro, e já planeja carreira profissional nos Estados Unidos (assista ao vídeo acima).
- Eu estava no portão de casa, conversando com amigos e um primo, quando entrou um carro dando tiro.
-Fui correr para dentro de casa e acabei sentindo como se fosse uma pedrada – relembrou o lutador sobre o acidente.
O ouro conquistado no Intercolegial animou Yuri, que nasceu na comunidade Vila Vintém, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, a viajar ao exterior para investir no jiu-jítsu.
- Tenho espectativa de ser campeão mundial na Califórnia. Estou indo para fora, no final do ano, para ficar um tempo nos EUA.
Márcio Santos, pai de Yuri, é o pricinpal incentivador do jovem atleta.
- Ele tem uma garra, quer vencer na vida através da luta. Estou junto dele, nas dificuldades.
-Tenho certeza de que ele vai chegar lá e ser um grande nome do Brasil – diz, orgulhoso.
Em busca da desmitificação
O jiu-jítsu está apenas em seu segundo ano no calendário de jogos do Campeonato Intercolegial. Segundo Carlão Barreto, diretor técnico da federação brasileira da modalidade, a competição, realizada em ginásio da Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro, busca mostrar o lado positivo do esporte.
- Elaboramos um projeto para que o jiu-jítsu fosse divulgado de alguma forma pedagógica, uma forma filosófica, para desmitificar essa aura de que tem brigões e pitboys. É para as pessoas entenderem que é uma arte de combate como judô e caratê – afirmou.
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